O Avião:
O Model 60 ou A-12 foi um desenvolvimento superlativo do Curtiss A-8, entre as maiores difrenças além de um recompleto desenho do canopy está a adoção de um motor radial em detrenimento do pesado e complicado motor em linha da versão A-8. A predileção por radiais por parte dos militares norte americanos principalmente para aviões de ataque, justificava-se pelo reduzido tamanho (mais dificil de ser atingido por fogo anti-aéreo) e por ter um sistema bem mais simples de refrigeração.
O chamado A-12 teve um pouco mais de sucesso e uma produção um pouco maior que a versão anterior. Porém foi logo suplantado por outras aeronaves mais modernas e numa mudança na mentalidade estratégica do USAAC que preferia para o perfil de ataque aeronavs bimotoras..
Um pequeno lote foi enviando aos Chineses Nacionalistas em 1936, foram utilizados no perfil de ataque, obtendo alguns êxitos contra a aviação naval japonesa como vetores de caça. Porém em sua função original como avião de ataque o Shrike se mostrou lento e vulnerável se revelando um fracasso. A Força Aérea Koumitang acabou os relegando para treinamento.
Nos EUA o A-12 nunca foi utilizado em combate, embora vários deles estivessem estacionados no campo Wheller no Hawai ao tempo do ataque de Pearl Harbor. Os últimos foram retirados de serviço em 1942.
Para quem não está familiarizado com montagens em papelmodelismo. Vamos a algumas considerações.
Para as montagens na escala 1/100 eu utilizo papel sulfite 120g em geral esse papel absorve muito bem a tinta nas impressões jato de tinta, tem uma boa tração mecanica, impedindo a quebra das fribas na hora de realizar dobras ou conformações nas peças do modelo. É barato e fácil de achar.
Para o preparo das peças utilizo no corte apenas estiletes afiados, um olfa de nº 15 para peças curvas, un bisturi cirurgico Nº 11 para cortes retos e um etilete xingling que imita o olfa para cortes sequenciais e repetitivos (como as abas de colagem). As quinas brancas eu pinto ou com hidrocores ou com aquarelas.
Para formar as peças, utilizo boleadores, agulhas, hastes de metal, e todas as peças são frontadas na palma da mão ou em cima de uma borracha. Peças maiores como asas sã frontadas em superficies macias como a parte de cima da perna, ou então em cima de uma revista.
Para as colagens depois de muita tentativa e erro, três tipos de colas: de isopor, de glicerina de bastão e uma cola branca especial da Daiara para scrapbook.
A impressão foi feita com uma Epson Bulk-Ink L200 em modo fotográfico.
Indo para a montagem propriamente dita, começei cortando as pelas que compõem a fuselagem a raiz da asa e os formers do cockpit.
Apesar do designer não gostar de formers esses que simularam as paredes trasieras do cocpit são amplamente necessários pois ajudam a dar a forma bastante peculiar da fusleagem do A-12.
Pintei todas as quinas brancas com tinta aquarela azul…
Posteriormente montei os segmentos…
Iniciei a montagem da fuselagem pela seção central por causa dos formers, estes por sua vez não foram laminados, utilizei o recurso de duplicidade da própria peça. Duas abordagens de construção podem ser aplicadas aqui: A primeira que é mais complicada é colar os formers na raiz da asa, em posições que já estão marcadas e a partir dali colar os segmentos centrais da fuselagem, ou então colar a fuselagem nos dois segments centrais, abrir os orificios, inserir a raiz da asa e então inserir os formers. Optei por esta segunda possibilidade que me pareceu mais fácil e obtive sucesso.
Posteriormente com a cola bem seca, parti para a montagem dos outros segmentos da fuselagem.
Valeu Joel!
Vamos a continuidade da nossa montagem.
Nesta seção preparei as superficies alares do nosso amigo. Inicialmente construí os suportes da asas que já oferecem a regulação para o diedro correto.
Posteriormente, cortei e preparei as asas, leme e estabilizadores, vincando as abas de colagem e pintando as quinas brancas com amarelo
Iniciei pela colagem das asas, elas foram fixadas com cola para isopor, pois ela não provoca deformações no papel em grandes áreas de colagem…
Montei a cauda sem problemas. Notem que as pontas tanto das asas quanto da cauda não estão coladas ainda, isso serve para regular se necessário a corda da asas, depois de tudo ajustado eu fiz a colagem das extremidades.
Verificado o correto alinhamento selei as pontas das asase cauda…
Fiz os assentos do piloto e artilheiro, são peças simples que ajudam a falsear o interior, que é um prato cheio para acresencetar um belo add-on a escolha do modelista.
Colei-os no lugar.
Nesta seção também tratei de um tema delicado: as raizes de todas as superficies alares. Apesar de serem peças simples elas demandam muto cuidado na hora de colar, pois preciam ser muito bem resolvidas, sobre pena de ficarem grandes fendas ou desalinhamentos nas superfícies.
Começei com as raizes das asas, normalmente colo aos poucos começando pela parte de baixo. É uma tarefa delicada que necessita de paciência, em alguns casos usos agulhas e outro objetos para manter a altura e a corda na hora da colagem, como é o caso nesta fotografia abaixo…
Depois de algumas horas secando, fizemos o mesmo procedimento com as raízes dos estabilizadores…
É extremamente importante utilizar poca cola nesse tipo de montagem.
Posteriomente fabricamos a raiz do leme…
Eis os resultados até o momento…
Bem amigos, retomamos a montagem com a construção das polainas do nosso camarada, são peças simples que necessitam serem curvadas e coladas e dão todo um charme especial ao modelo.
Notem que em peças desse tipo a colagem sempre deve começar por uma das pontas…
A polaina da bequilha…
Rodas…
Aqui o conjunto montado com as carenagens das .50 que iam nas polainas, acabei me esquecendo de fotografar essa etapa, mas é simples como podem ver nas fotos…
Finalizando essa etapa de montagem, partimos para os detalhes nas polainas, que consistem em braços de apoio e os pontos do tirantes das asas.
Eu utilizo uma agulha para dar a forma curva ao shape desse tipo de peça.
Aqui vemos as mesmas instaladas, é interessante consultar documentação para saber se estão exatamente no lugar correto.
Começamos preparando a peça do canopy traseiro a curvando em cima de uma borracha.
Notem que a área de colagem é pequena, então preparei tabs internos para auxiliar o encaixe e a colagem na fuselagem…
Vejam como essa medida simples melhora a construção.
Uma visão geral do modelo até o momento.
Preparamos então os montantes das asas, sao peças pequenas, notem que as extremidades foram dobradas com uma pinça…
Cortei o parabrisa e as carengens do motor…
Depois de os montantes das asas secos, os colamos nas áreas indicadas começando pelo ponto da fuselagem, deixando secar e colando então os das asas…
Apoveitei enquanto secava e montei as carenagens e o parabrisa.
Colei o parabrisa começando pelo centro da peça e depois pelos lados e posteriormente as peças das entradas de ar/oleo do motor.
Aaron fornece uma metralhadora para o artilheiro de cauda, mas ao contrário do A-8, para manter as linhas deste Shrike limpas optei em não utilizar na montagem.
Aspectos gerais. O modelo está 75% pronto…
Indo para a parte final da montagem, tratamos de uma peça sensível, o motor cyclone, que neste caso está muito bem representado, começamos cortando todas as peças que compõem o mesmo, entre elas os cilindros com suas tampas, a caixa de redução e o bloco.
Iniciamos com a montagem dos cilindros que tem uma forma bem característica, é um trabalho repetitivo e por que não dizer tedioso mas que vale a pena…
O motor finalizado…
Começamos então a montar o cownling, uma peça sensível composta por vários cones e semicones truncados, iniciamos pela parte de trás. indo até o “equador” da peça que é o anel maior.
Anexamos e instalamos o motor colando então o ultimo anel do cownling.
O modelo quase finalizado…
Aqui o escape.
Bueno, agora preparamos os detalhes finais do nosso modelo, focando inicialmente no rigging que é bastante simples e se concentra basicamente nas asas.
Para quem não está acostumado com as minhas montagens, o material que utilizo para simular cabos é um amarrilho cirúrgico de aço bastante fino que é vendido em retas, para instalar corto o segmento na medida certa, obtida com um compasso de transferência, o segmento é marcado com uma ferramenta de eletrônica (utilizada para remover componentes) e cortada com uma tesoura de unhas.
Observando a documentação disponível, comecei a instalar os cabos, sendo colados com uma pequena gota de cola CA em gel.
Parte de cima…
Parte de baixo.
Com um pequeno pedaço de papel Vivaldi, colorido na polpa de cor preta fabriquei os separadores dos cabos, Esse é um detalhe customizado, mas que dá bastante vida ao modelo.
Com a ajuda de um pequeno clamp, instalei com cola CA os separadores, novamente consultando a minha documentação, o segredo e construir as tiras com tamanho maior e depois ir cortando com uma tesoura adequada nos tamanhos corretos.
Finalmente montei o mastro da antena e instalei os cabos do rádio.
Ultimas peças: as que compõem a hélice, fácil de montar sem a ajuda de gabaritos pois há no cubo as marcações de posição de onde colar.
Uma boa capa de verniz UV e está pronto.
Finalizado